quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Dica de Turismo - Paraty

AVISO
Muito bem, vale lembrar que Paraty é prá quem gosta de Natureza, mato, sossego, abraçar a árvore, dormir cedo, levantar cedo, porque chove e só é possível aproveitar os passeios na parte da manhã, é pra quem quer descansar, desestressar, lá não tem agito, o máximo do agito é um bom (mas às vezes nem tanto) cantor num barzinho /  restaurante com comida boa, à noite. Como o Café Paraty que fica na Rua do Comércio que é uma das principais no centrinho, o local é bem modernoso, é interessante, porque quando a porta fecha parece que você voltou pro século XXI e para os confortos???, agitos e "sons" da vida moderna, não me lembro bem, mas dependendo da época, acho que é bom fazer reserva, caso contrário tem fila de espera (SIC), mas peraí, prá pegar fila fica em Sampa, né?


Em Paraty chove muito, então tem que tomar cuidado com pousadas antigas, mofadas e empoeiradas.
Prá quem quer saber mais a respeito de Paraty, estes sites são muito bons: http://www.paraty.tur.br/turismo/duvidas.php e http://www2.uol.com.br/paraty

Avisos dados vamos às dicas:

POUSADAS
Gosto muito da Pousada da Condessa (http://www.pousadadacondessa.com.br) já fiquei lá 3 vezes, tem diárias para todos os bolsos. Mas tem que ligar bem antes prá conseguir lugar.
É boa com e sem filhos, na verdade, é excelente para quem tem filhos - piscina adulto e infantil (2 tamanhos, sala de vídeo, copa da mamãe, cardápio no restaurante adequado para crianças) costumava ser muito boa, fica perto do centro, o suficiente para ir a pé. Tem um restaurante muito bom. Piscina. Ar e ventilador teto e uma antesala com cama para o(s) pimpolho(s) dormir(em).

Hospedei-me na Naus de Paraty (http://nausdeparaty.com.br) é mais longinha, é boa sem filho, preferencialmente, mas se tiver filho também dá. Mas é para pouquíssimo tempo, porque não tem restaurante, é só café da manhã (uma delícia por sinal), o atendimento é muito bom, tem piscina e ventilador teto, mas dá prá ouvir o barulho dos aptos. vizinhos, como por exemplo, aquele pessoal que adora chegar dos passeios noturnos às 2:35h da manhã e ainda praticar uma boa e saudável confraternização sexual (nada contra).

Já fiquei também no Hotel Perequê (http://www.hotelpereque.com.br) é uma pousada um pouco mais rústica, com bastante verde (atrai bastante estrangeiros), tem piscina grande e boa, ar e ventilador de teto, mas  não tem restaurante, em compensação o café da manhã é bem completo e saboroso; e sempre dá para ir jantar no restaurante da pousada da Condessa que é pertinho, dá prá ir a pé e é aberto aos não hóspedes.

Tem também a Pousada do Príncipe (http://www.pousadadoprincipe.com.br) que fica bem no limiar do Centro, no meio da muvuca, então prá sair com o carro já é mais complicado, porque no centro, centro mesmo não pode entrar carro  e os estacionamentos para guardar o carro são carésimos...
Nunca fiquei lá, porque não consegui vaga, é muito concorrido, mas fui conhecer o Hotel, inclusive os aptos e gostei do que vi.

Sempre chove em Paraty, tipo assim: quase todo dia.
Deve-se levar capa de chuva e guarda chuva para sair a noite e aproveitar o centro porque vale a pena.
Aliás, a chuva noturna é uma benção, porque quando o tempo fica muito seco o centro fica fedendo cocô, por causa do sistema de esgoto do tempo do Brasil Colônia.

A culinária local é excelente, qualquer prato com banana frita, é muito bom!!!! Mas cuidado! com os preços!! Tem restaurante que é renomado com chefs famosos e consequentemente a comida é cara, então é melhor verificar o cardápio antes de entrar e se quiser muito jantar em algum restaurante pitoresco, às vezes é bom fazer reserva antes.

Primeiro item da lista a ser separado para colocar na mala: protetor elétrico bivolt contra insetos e deixar ligado na tomada dia e noite, fechar as janelas ao entardecer (não deixar nenhuma frestinha) para poder dormir bem, à noite; livre dos pernilongos, muriçocas e afins...

Não deve faltar na sua mala:
- Papete com boa aderência para caminhadas nas cachoeiras, 2 pares de tênis de lona que possam molhar para caminhadas nas trilhas, chinelos tipo havaianas coloridas e lindas, com alças que sustentem bem para ir ao centro.
- Protetor solar (muito), melhor sobrar do que faltar, porque se tiver que comprar lá , custa o dobro, eles enfiam a faca, seja no supermercado, no mercadinho ou nas farmácias, ou lojinhas diversas.
- Repelente (litros) de todos os tipos, em creme  pra passar na pele e em spray prá passar por cima da roupa.
- Lysoform spray (prá passar em armários e portas que às vezes ficam com cheiro de mofo...)
- Bonés e chapéus (vários, porque eles molham e não secam de um dia pro outro).
- Roupas confortáveis pros passeios camisetas e calças leggins, por causa do mato; sempre levar toalhas e trocas de roupas, porque se não chover durante o passeio, você cai e se suja na lama ou se molha...
- Se tiver filho ou mesmo se não tiver, leve um lanchinho extra para os passeios porque nem sempre tudo aquilo que eles falam que será servido é servido e o tempo nem sempre pode ser respeitado afinal, imprevistos acontecem e o passeio acaba demorando 1 ou 2 horas a mais do que o planejado pra acabar e ninguém merece ficar ouvindo filho chorar porque está com fome, principalmente quando o filho não é seu!!

Não deve haver na sua mala
- Salto alto, nem sandália plataforma em hipótese alguma, o piso do centro é do tempo do Brasil Colônia todo irregular e prá escorregar nas pedras (porque chove...) ou torcer o pé nos buracos e torcer o pescoço mesmo, é um pulinho!!!


PASSEIOS
Deve-se fazer pelo menos 1 passeio de escuna com pontos de mergulho de Snorquel, mesmo não sabendo mergulhar, o povo da escuna explica e o hotel te ajuda a contratar o passeio, o preço é o mesmo. Se tiver o próprio Snorquel é melhor né, mas se não tiver eles emprestam...daí deixa o nojinho de lado e manda brasa, porque os passeios vão até pontos de mergulho considerados como sendo um dos melhores do Brasil, pela visibilidade, beleza e biodiversidade marinha.
É valido contratar em Paraty um passeio de escuna que sai de Angra dos Reis (você deve ir dirigindo até Angra - o passeio sai de lá às 9:00h se eu não me engano) e vai até a Ilha Grande, é bastante bonito e legal. Se não conseguir contratar o passeio em Paraty mesmo, é só ir direto até Angra e contratar lá, tem um monte de placas indicativas de onde saem os passeios e de onde estacionar,  é bem fácil achar e chegar.
Apesar de famoso, o bairro de Trindade virou antro de comunidades alternativas demais e outras comunidades afins... e o local nem está mais tão bonito assim, vale a pena ir mas só prá dar uma passadinha e conhecer, mas cuidado, no final de semana tem trânsito e fica lotado, fuja!!!! Prá pegar trânsito, saia de casa numa sexta-feira chuvosa pegue a 23 de maio sentido centro às 8:15h.
Em Paraty, no final de semana, prefira ir sentido norte, como quem vai para Angra dos Reis, porque lá tem duas praias muito boas que são: São Gonçalo e São Gonçalinho, porque em uma delas você paga pros barcos da praia te levarem até a ilha em frente, com praia de águas calmas quentes e cristalinas, é bem pequenina, mas que tem uma infraestrutura boa para almoço, e lembre-se, volte antes da chuva!

A rota do ouro é tudo de bom, inclusive por causa dos restaurantes rústicos e deliciosos que há para esses lados. A Fazenda Murycana que tem um Alambique e restaurante colonial pode ser conhecida sem necessidade de se contratar um passeio via hotel ou agência e é muito boa. (http://www.paraty.com.br/murycana)
Passeios às cachoeiras e trilhas à cavalo, de jeep ou à pé são obrigatórias.
As praias melhores ficam nas ilhas.
Os hotéis têm as dicas de passeios.
Os melhores souvenirs são pimenta biquinho, cachaças variadas, licores e doces caseiros (o de goiaba é obrigatório). Como lá sempre tem muito estrangeiro, cuidado com os preços.
O pessoal local (Paraty) é bastante hospitaleiro, acolhedor e prestativo, então ela não terá problemas em descobrir os cantinhos interessantes.
Gente! Não é porque chove muito que tudo é uma merda em Paraty, porque não é, sou chatérrima e amo Paraty de paixão!!! Se pudesse, voltaria todo ano.
É só passar repelente antes de sair do quarto que os bichos não vão te comer viva, como em qualquer outro lugar que tem mato e rio.
Tem que ter espírito aventureiro, se quiser pousada pé na areia tem que ir prá outro lugar, porque as praias da cidade não são tão bonitas assim, mas em compensação as que estão ao sul e ao norte....são de tirar o fôlego...tudo é lindo!!!
Tinha dias que só estávamos nós três (eu, meu marido e minha filha) na praia deserta, um verdadeiro paraíso!!!
Paraty vale a pena prá quem tem energia e espírito aventureiro com e sem frescura, com e sem filhos (de qualquer idade), mas com bom senso... os hospitais mais próximos ficam em Ubatuba ou em Angra (40km).
E como os hotéis são muito bons, dá prá pegar uns dois ou três dias ou intercalar um dia pesado / cansativo com um dia no hotel, na beirada da piscina, lendo um livro....escutando os grilinhos cricrilando e os passarinhos cantando e os sapinhos coaxando (lá longe)...
beijos.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Educar para a Compaixão, por Rubem Alves

"A boca fala do que está cheio o coração": esse é um ditado da sabedoria judaica que se encontra nas escrituras sagradas.

Bem que poderia ser a explicação sumária daquilo que a psicanálise tenta fazer: ouvir o que a boca fala para chegar ao que o coração sente. Acontece comigo. Cada texto é uma revelação do coração de quem escreve. Pois o meu coração ficou cheio com uma coisa que me disse minha neta Camila, de 11 anos. O que ela falou fez meu coração doer. Como resultado, fico pensando e falando sempre a mesma coisa.

A Camila estava na sala de televisão sozinha, chorando. Fui conversar com ela para saber o que estava acontecendo. E foi isso que ela me disse:

- "Vovô, quando eu vejo uma pessoa sofrendo, eu sofro também. O meu coração fica com o coração dela".

Percebi que o coração da Camila conhecia aquilo que se chama "compaixão". Compaixão, no seu sentido etimológico, quer dizer "sofrer com". Não estou sofrendo, mas vejo uma pessoa sofrer. Aí, eu sofro com ela. Ponho o outro dentro de mim. Esse é o sentido do amor: ter o outro dentro da gente. O apóstolo Paulo escreveu que posso dar tudo o que tenho aos pobres, mas, se me faltar o amor, nada serei, porque posso dar com as mãos sem que o coração sinta.

De que vale o conhecimento sem compaixão?

Todas as atrocidades que caracterizam os nossos tempos foram feitas com a cumplicidade do conhecimento científico.

A compaixão é uma maneira de sentir. É dela que brota a ética.

Alguém foi se aconselhar com Santo Agostinho sobre o que fazer numa determinada situação. Ele respondeu curto e definitivo:

- "Ama e faz o que quiseres".

Pois não é óbvio? Se tenho compaixão, nada de mau poderei fazer a quem quer que seja.

Fernando Pessoa escreveu um curto poema em que descreve a sua compaixão.

Por favor, leia devagar:

- "Aquele arbusto fenece, e vai com ele parte da minha vida. Em tudo quanto olhei fiquei em parte. Com tudo quanto vi, se passa, passo. Nem distingue a memória do que vi do que fui". Compaixão por um arbusto... Ele explica esse mistério da alma humana dizendo que "em tudo quanto olhei fiquei em parte. Com tudo quanto vi, se passa, passo...". Os olhos, movidos pela compaixão, o faziam participante da sorte do pequeno arbusto.

Eu já sabia disso, mas nunca havia enchido o meu coração a ponto de doer. Doeu porque liguei a fala da Camila a essa tristeza que está acontecendo no Brasil. Os corruptos são homens que passaram pelas escolas, são portadores de muitos saberes. Tendo tantos saberes, o que lhes falta?

Falta-lhes compaixão. A falta de compaixão é uma perturbação do olhar.

Olhamos, vemos, mas a coisa que vemos fica fora de nós. Vejo os velhos e posso até mesmo escrever uma tese sobre eles, se eu for um professor universitário, mas a tristeza do velho é só dele, não entra em mim. Durmo bem. Nossas florestas vão aos poucos se transformando em desertos, mas isso não me faz sofrer. Não as sinto como uma ferida na minha carne.

Vejo as crianças mendigando nos semáforos, mas não me sinto uma criança mendigando em um semáforo. Vejo os meus alunos nas salas de aulas, mas meu dever de professor é dar o programa e não sentir o que os meus alunos estão sentindo. De que vale o conhecimento sem compaixão?

Todas as atrocidades que caracterizam os nossos tempos foram feitas com a cumplicidade do conhecimento científico. Parece que a inteligência dos maus é mais poderosa que a inteligência dos bons. Sabemos como ensinar saberes. Há muita ciência escrita sobre isso. Não me lembro, no entanto, de nenhum texto pedagógico que se proponha a ensinar a compaixão. Talvez o livrinho "Como Amar uma Criança", do Janusz Korczak - mas Korczak é uma exceção. Ele sabia que, para ensinar algo a uma criança, é preciso amá-la primeiro. Korczak era um romântico. Por isso o amo. Aí, fiz a mim mesmo uma pergunta pedagógica:

-"Como ensinar a compaixão?".

Conversando sobre isso com minha filha Raquel, arquiteta, ela se lembrou de um incidente dos seus primeiros anos de escola, quando ainda era uma menina de sete anos. Seria o aniversário da faxineira, uma mulher que todos amavam. A classe se reuniu para escolher o seu presente. Ganhou por unanimidade que, no dia do seu aniversário, as crianças fariam o seu trabalho de faxina. Disse-me a Raquel que a faxineira chorou.

Sei que as crianças aprendem com um olhar especial, o olhar de suas professoras. Elas sabem quando as professoras as olham com os mesmos olhos com os quais Fernando Pessoa olhava o arbusto quando escreveu o poema. Sei também que as histórias provocam compaixão quando o leitor se identifica com um personagem. Sei de um menininho que se pôs a chorar ao final da história "O Patinho que Não Aprendeu a Voar". Ele teve compaixão do patinho. Identificou-se com ele. Vai carregar o patinho dentro de si, embora o patinho não exista.

Lemos histórias para as crianças e para nós mesmos não só para ensinar a nossa língua, mas também para ensinar a compaixão. Mas continuo perdido.

Preciso que vocês me ajudem. Como se pode ensinar a compaixão?

por Rubem Alves
Site do autor: www.rubemalves.com.br

Ilha das flores

domingo, 9 de agosto de 2009

Homenagem aos Pais

P A I !
Pai nosso de todos os dias,
Imagem e semelhança Daquele lá do céu.
Um ser especial,um companheiro fiel...
Fonte de amor, de esperança e de sabedoria!
Tudo que sabemos e somos, aprendemos contigo.
Ensinaste-nos dando exemplos, fazendo!
Assim crescemos, fazendo e aprendendo.
Sempre vendo em ti um modelo, um amigo.
De ti,trazemos no sangue e nos nomes, gotas e pedacinhos
verdadeiros símbolos de amor e de carinho,
que se integraram à nossa vida, fazem parte do nosso ser.
Ser pai é mais que missão,
é exercício pleno do amor, através da entrega e da doação.
É dar a própria vida, para que os filhos possam viver!
Pai, obrigado(a) pela VIDA!

terça-feira, 7 de julho de 2009

D. W. Winnicott - Lista completa das publicações

Prezado leitor,
consulte aqui ou copie a fonte bibliográfica que consta no final dessa postagem para acessar a lista que inclui a totalidade dos trabalhos publicados por Donald W. Winnicott, e que foi compilada especialmente para a Revista Natureza Humana pelo Prof. Dr. Knud Hjulmand, do Departamento de Psicologia da Universidade de Copenhagen. A inclusão dos dados bibliográficos relativos às edições brasileiras, bem como a correspondência com a bibliografia estabelecida por Harry Karnac, foi feita por Maria de Fátima Dias.

Seguem, retirados da mesma lista acima referida, os livros de Winnicott publicados em português:


1958a: Collected Papers: Through Paediatrics to Psycho-Analysis. London, Karnac Books and The Institute of Psyco-Analysis, 1992.
Trad.: Da pediatria à psicanálise. Rio de Janeiro, Francisco Alves, 1978. (W6)

1964a: The Child, the Family, and the Outside World. USA. A Merlody Lawrence Book, 1987. Trad.: A criança e seu mundo. Rio de Janeiro, Guanabara Koogans, 1982. (W7)

1965a: Family and Individual Development, The. London, Tavistock Publications, 1965.
Trad.: A família e o desenvolvimento individual. São Paulo, Martins Fontes, 1993. (W8)

1965b: The Maturational Processes and the Facilitating Environment.London, Karnac Books, 1990.
Trad.: O ambiente e os processos de maturação. Porto Alegre, Artes Médicas, 1983. (W9)

1971a: Playing and Reality. London, Tavistock Publications, 1996.
Trad.: O brincar e a realidade. Rio de Janeiro, Imago, 1975. (W10)

1971b: Therapeutic Consultations in Child Psychiatry. Londres, Karnac Books, 1996.
Trad.: Consultas terapêuticas em psiquiatria Infantil. Rio de Janeiro, Imago, 1984. (W11)

1977: The Piggle: An Account of the Psychoanalitic Treatment of a Little Girl. Londres, Penguin Books.
Trad.: The Piggle: o relato do tratamento psicanalítico de uma menina. Rio de Janeiro, Imago, 1979. (W12)

1984a: Deprivation and Delinquency. Londres, Tavistock-Routledge. 1994.
Trad.: Privação e delinqüência. São Paulo, Martins Fontes, 1995. (W13)

1986b: Home is Where We Start From. Londres, Penguin Books, 1986.
Trad.: Tudo começa em casa. São Paulo, Martins Fontes, 1993. (W14)

1986a: Holding and Interpretation: Fragment of an Analysis. London, Karnac Books.
Trad.: Holding e interpretação. São Paulo, Martins Fontes, 1991. (W15)

1987a: Babies and Their Mothers. London, Free Association Books.
Trad.: Os bebês e suas mães. São Paulo, Martins Fontes, 1988. (W16)

1987b: The Spontaneous Gesture, Selected Letters. Cambridge, Mass., Harvard University Press, 1987.
Trad.: O gesto espontâneo. São Paulo, Martins Fontes, 1990. (W17)

1988: Human Nature. London, Free Association Books.
Trad.: Natureza humana. Rio de Janeiro, Imago, 1990. (W18)

1989a: Psycho-Analytic Explorations. Londres, Karnac Books, 1989.
Trad.: Explorações psicanalíticas. Porto Alegre, Artes Médicas, 1994. (W19)

1993a: Talking to Parents. Reading, Mass., Addison-Wesley, 1993.
Trad.: Conversando sobre crianças [com os pais] . São Paulo, Martins Fontes, 1993. (W20)

1996a: Thinking About Children. London, Karnac Books.
Trad.: Pensando sobre crianças. Porto Alegre, Artes Médicas, 1997. (W21)


Sempre cite suas fontes bibliográficas.

Fonte bibliográfica:
HJULMAND, Knud. Lista completa das publicações de D. W. Winnicott. Nat. hum. [online]. dez. 1999, vol.1, no.2 [citado 07 Julho 2009], p.459-517. ISSN 1517-2430. Disponível na World Wide Web:http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-24301999000200012&lng=pt&nrm=iso

Espaço Transicional ou Espaço Potencial


Quer aprender um pouco mais sobre esse espaço de amor?

A partir de artigo da Prof. Ms. Beatriz Pinheiro Machado Mazzolini, podemos começar a decifrar o espaço transicional ou potencial, de acordo com Winnicott.
 
Winnicott construiu uma teoria do desenvolvimento emocional que amplia as áreas do viver humano em três. Além de considerar os mundos interno e externo, considera uma terceira área, intermediária de experimentação, localizada entre a subjetividade e a objetividade. Este conceito já é suficiente para mudar nossa visão sobre a estruturação do psiquismo, a clínica, a compreensão dos fenômenos culturais, a vida. Ele denominou essa área de espaço potencial: nem dentro e nem fora - entre - a área da ilusão em um primeiro momento, depois das experiências e dos fenômenos transicionais e, mais tarde, da experiência cultural (interessou-se em como a cultura e seus diferentes símbolos auxiliam o indivíduo a encontrar-se e realizar-se).
Ao aceitar a terceira área do viver, podemos considerar que a aprendizagem ocorre aí. Antes de ser capaz de aprender com o intelecto, o ser tem um longo percurso pela frente, que envolve a questão da subjetividade, o encontro com o ambiente, a constituição do self, da psique, do corpo. Tudo isso acontece muito antes de poder usar sua capacidade intelectual.


Seguem aqui algumas dicas de fontes eletrônicas e fontes bibliográficas, que ajudarão no começo.
Boa pesquisa, boas leituras e bom trabalho!

FONTES BIBLIOGRÁFICAS
WINNICOTT, Donald Woods. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro, Imago, 1975.
_____________________ Os bebês e suas mães. São Paulo, Martins Fontes, 1988.
_____________________ Natureza humana. Rio de Janeiro, Imago, 1990.

FONTES ELETRÔNICAS - INTERNET

CALDWELL, Lesley. Do Objeto ao Espaço e a Natureza desta Transição. In Winnicott e-Prints eletronic version. Série 2, vol. 2, n. 1, 2007. Tradução de Katia Gomes. ISS 1679-432X.
(
http://www.centrowinnicott.com.br/winnicott_eprint/uploads/bd443aca-42ad-9944.doc)

FORLENZA NETO, Orestes. As principais contribuições de Winnicott à prática clínica. In Revista Brasileira de Psicanálise [online]. mar. 2008, vol.42, no.1, p.82-88. ISSN 0486-641X.
(
http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0486-641X2008000100009&lng=pt&nrm=iso)
FRANCO, Sérgio de Gouvêa. O brincar e a experiência analítica. In Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica. Rio de Janeiro, vol.6 nº1; Jan./Junho 2003.
(http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-14982003000100003#n5)

GARCIA, Claudia Amorim. O conceito de ilusão em psicanálise: estado ideal ou espaço potencial? Estud. psicol. (Natal), Natal, v. 12, n. 2, p.169-175, Ago. 2007.
doi: 10.1590/S1413-294X2007000200009
(http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2007000200009&lng=pt&nrm=iso)

GURFINKEL, Decio. O carretel e o cordão. In Percurso, ano IX, n. 17, 1996 - 2º semestre. Versão eletrônica (http://www2.uol.com.br/percurso/main/pcs17/p17_13.htm)

HARTKE, Raul. A experiência do brincar e o espaço analítico na psicanálise de adultos. In Revista de Psicanálise da Sociedade Psicanalítica de Porto Alegre, ano 2006, vol. XIII, nº 2. Versão eletrônica. (http://www.sppa.org.br/sumarios/vol_38/06.php)

LESCOVAR, Gabriel Zaia. As consultas terapêuticas e a psicanálise de D. W. Winnicott. Estud. psicol. (Campinas) [online]. 2004, vol.21, n.2, pp. 43-61. ISSN 0103-166X. doi: 10.1590/S0103-166X2004000200004. (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-166X2004000200004&lng=pt&nrm=iso)

LINS, Maria Ivone Accioly. O mistério de Hamlet. Natureza Humana Jan.-Jun. 20024(1): 33-57. ISSN 1517-2430.
(http://www.centrowinnicott.com.br/downloads/lins1.pdf)

LUZ, Rogerio. Winnicott: a poesia e a realidade. Natureza Humana Dez./ 2006, vol.8, no.2, pp. 315-335. ISSN 1517-2430.
(http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-24302006000200003&lng=pt&nrm=iso)

MAZZOLINI, Beatriz Pinheiro Machado. Rabiscando para ser: do si mesmo para o papel. Jun./ 2007, vol.13, no.14, pp. 493-509. ISSN 1413-666X.
(http://pepsic.bvs-psi.org.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-666X2007000100023&lng=pt&nrm=iso)

OLIVEIRA, Luciana L. Brasil de. Subjetivação e Criatividade – a brincadeira winnicottiana. IV Encontro Latino Americano dos Estados Gerais da Psicanálise, no Instituto Sedes Sapientiae, em São Paulo, dias 4, 5 e 6 de novembro de 2005. In Estados Gerais da Psicanálise.
(http://www.estadosgerais.org/encontro/IV/PT/trabalhos/Luciana_Brasil_de_Oliveira.pdf)

OLIVEIRA, Márcia Campos de. Brincar: Mutualidade em Jogo. In Winnicott e-Prints eletronic version. Série 2, vol.1, n. 2, 2006. ISS 1679-432X.
(http://www.centrowinnicott.com.br/winnicott_eprint/uploads/bd445ead-66d2-d9a5.doc)

OUTEIRAL, José. Espaço e Limite – A Clínica da Transicionalidade. In Jose Outeiral – Artigos – Texto eletrônico.
(http://www.joseouteiral.com/textos/J.Outeiral%20-%20Espaco%20e%20Limite.DOC)

Links para Pesquisas

Sites para pesquisas e informações nas áreas de Psicopedagogia, Psicanálise, Pedagogia, Psicologia, Educação, Trabalhos Acadêmicos, Filosofia, Antropologia e áreas afins.





Entidade de caráter científico-cultural, sem fins lucrativos, que congrega profissionais militantes na área da Psicopedagogia. Desde sua fundação tem promovido conferências, mesas-redondas, cursos, seminários, congressos, bem como a divulgação de trabalhos sobre sua área de atuação, através da Revista Psicopedagogia.
http://www.abpp.com.br






O Instituto Sedes Sapientiae é uma instituição que em seus mais de 30 anos de existência tem construído um trabalho sólido nas áreas da saúde mental, educação e filosofia. http://www.sedes.org.br



Website português especializado em Psicologia e direcionado para profissionais e estudantes de Psicologia de língua portuguesa, bem como para o público em geral.
http://www.psicologia.com.pt



Site contendo artigos nas áreas de Educação, Fonoaudiologia e Psicologia.
http://www.pedagobrasil.com.br




Mais alguns links úteis:
http://www.psicopedagogiabrasil.com.br
http://www.profjoaobeauclair.net
http://www.psicopedagogia.com.br
http://www.prismaseducativos.com.ar
http://www.educacaopublica.rj.gov.br
http://www.pedagogia.com
http://www.pedagogia.pro.br
http://www.mec.gov.br
http://www.crmariocovas.sp.gov.br
http://www.scielo.br
http://www.ines.org.br
http://www.planetaeducacao.com.br
http://www.prograd.ufpr.br
http://www.clubedoprofessor.com.br
http://www.andrezapedagoga.hpg.com.br
http://www.prismaseducativos.com.ar

Lista de Websites recomendados apresentada no site Psicologia.com.pt
American Society on Aging
Applied Psychometric Society
Artemis
Associação para o Planeamento da Família
Associação Portuguesa de Apoio à Vítima
Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental
Associação Portuguesa de Terapia Familiar e Comunitária
Association for the Advancement of Applied Sport Psychology
Brain Museum
British Society of Gerontology
Community Psychology Net
Departamento de Estatítica do Trabalho, Emprego e Formação Profissional
Direcção-Geral de Formação Vocacional
European Association for Research on Adolescence
European Association of Work and Organizational Psychology
European Brain and Behaviour Society
European Federation of Sexology
European Federation of Sport Psychology
European Monitoring Centre for Drugs and Drug Addiction
European Network of Work and Organizational Psychologists
European Society for Cognitive Psychology
European Society for the History of the Human Sciences
Experimental Psychology Society
Global School Psychology Network
Instituto da Droga e da Toxicodependência
International Academy of Family Psychology
International Association for Cross-Cultural Psychology
International Association for People-Environment Studies
International Association of Forensic Mental Health Services
International Neuropsychological Society
International School Psychology Association
International Society for Research on Aggression
International Society of Political Psychology
International Society of Sport Psychology
International Society on Infant Studies
Internet Mental Health
Mental Health Net
National Information Center for Children and Youth with Disabilities
On the Psychology of Spiritual Movements
Population and Environmental Psychology
PortalDrogas.com
PortalDrogas.com
Psychology of Religion Pages
Research Methods in the Social Sciences: An Internet Resource List
School Psychology Resources
Serviço de Prevenção e Tratamento da Toxicodependência
Sexual Orientation: Science, Education and Policy
Social Science Research Network
Sociedad de Hipnoterapia Clínica
Sociedade Portuguesa de Arte-Terapia
Sociedade Portuguesa de Neuropsicologia
Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica
Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde
Sociedade Portuguesa de Sexologia Clínica
Society for Community Research & Action
Society for Consumer Psychology
Society for Personality and Social Psychology
Society for Psychophysiological Research
Society for Research in Child Development
Society for Research on Adolescence
Society for the History of Psychology
Society for the Psychological Study of Social Issues
Society of Clinical Psychology
Society of Experimental Social Psychology
The Society for Police and Criminal Psychology
World Association for Sexology
World Health Organization

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Xô gripe, sai prá lá!!

Pessoas, que medo dessa gripe, hein? Sai prá lá!!!
E o pior é que nem dá prá saber quando é a gripe nossa de todo inverno ou é a tal da gripe suína.
Daí é aquele corre, corre, alguns setores da indústria aumentam seu faturamento às custas das neuroses alheias e o circo está armado!! E as mães zelosas? Aliás, categoria na qual eu me encaixo, ficam atormentando e aterrorizando seus pobres filhos: "Menino, vai por um casaco!!!" "Põe meia criatura!!" "Vai ficar doente, olha a gripe suína!!!" Pobres almas atormentadas pelo excesso de zelo materno!!
A informação é sempre a nossa melhor aliada e por isso mesmo devemos nos informar, o portal do Ministério da Saúde disponibiliza ao público dados estatísticos-informacionais, atualizados diariamente, bem como, dicas para evitar o contágio e os procedimentos adequados após o mesmo.
Seguem algumas dicas para evitarmos o contágio desse vírus, que está cada vez mais perto; são algumas medidas gerais de prevenção e controle que devem ser adotadas para reduzir o risco de adquirir ou transmitir doenças agudas de transmissão respiratória, incluindo o novo vírus influenza A H1N1 - vulgarmente conhecido como "gripe suína":
• Higienizar as mãos com água e sabonete antes das refeições, antes de tocar os olhos, boca e nariz. E após tossir, espirrar ou usar o banheiro, na impossibilidade de lavar as mãos utilize álcool gel para realizar a higiêne;
• Evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies, pois o vírus é resistente fora do organismo ;
• Proteger com lenços (preferencialmente descartáveis) a boca e nariz ao tossir ou espirrar,
para evitar disseminação;
• Indivíduos que sejam casos suspeitos ou confirmados devem evitar entrar em contato com
outras pessoas suscetíveis. Caso não seja possível, usar máscaras cirúrgicas;
• Indivíduos que sejam casos suspeitos ou confirmados devem evitar aglomerações e
ambientes fechados;
• Manter os ambientes ventilados;
• Indivíduos que sejam casos suspeitos ou confirmados devem ficar em repouso, utilizar
alimentação balanceada e aumentar a ingestão de líquidos.

Lembre-se bem da etiqueta respiratória, afinal MAMÃE JÁ DIZIA:
- Utilize lenço descartável para higiene nasal;
- Cubra nariz e boca quando espirrar ou tossir;
- Evite tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
- Higienize as mãos após tossir ou espirrar.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Um pouco da minha trajetória


Éramos seis: Eu, meu pai Álvaro, minha mãe Wanda, e meus irmãos: Rita, Renato e Raquel.
Eu era uma menina doce e meiga que um belo dia se transformou numa adolescente, e segundo minha mãe, "virou dos avessos".
A tal da adolescente se formou no magistério, e decidiu experimentar quase tudo o que tinha direito nessa vida, e enquanto experimentava formou-se em Letras Licenciatura Curta e graduou-se em Letras Português / Inglês - Habilitação Tradutor & Intérprete, pela Universidade Anhembi Morumbi (a parte da tradução eu me garanto, mas está escrito no diploma que sou intérprete...) e durante essa experimentação toda resolveu parar de experimentar e decidiu que era hora de namorar, e como sempre muito decididamente, assim fez: namorou e casou, em 8 meses. O escolhido foi o Carlos, que até hoje tenta descobrir como foi se apaixonar por uma pessoa tão diferente dele (espero que não descubra nunca!!)
Chegou a fase adulta e com ela a maternidade, a menina descobriu que não era mais filha, nem esposa, ou irmã, muito menos cunhada, nora ou profissional. Descobriu que era MÃE!!!!! Mãe de Maria Fernanda, um ser especial e indescritível! Ahhh que delícia ser mãe!! Mas aaiiiiiii que difícil, não vem com manual de instrução, né? Então, a mãe foi ler, e leu, leu, leu, umas coisas ela entendeu, outras não, umas fez certo, outras não... e assim a vida foi seguindo seu rumo, mas já mostrando que o que essa mãe gostava mesmo de fazer era educar...
É, demorei um pouquinho, mas achei o meu caminho!
Sabe como? Primeiro, devo agradecer a Deus a oportunidade de ter uma segunda chance, pois são poucas pessoas que recebem esse privilégio e a minha oportunidade veio através de um câncer de mama que me ajudou a interromper o ritmo frenético ao qual estava presa, me deixando livre para pensar em mim mesma e buscar minha própria identidade.
Nessa busca, descobri que "o mundo é bom", fui ajudada, carregada no colo, enfim fui acolhida num espaço potencial, cheio de amor pela minha querida psicoterapeuta Débora, a quem devo muito o fato de estar viva e mentalmente sã (pelo menos eu acho que estou!). Essa parceria carinhosa, cheia de amor e respeito já tem quase cinco anos. Traduzir em palavras o quanto sou grata por essa pessoa maravilhosa ter aparecido em minha vida seria apenas amontoar grafemas.
A partir dessa jornada de auto-conhecimento, voltar a trabalhar com crianças foi uma consequência natural. A oportunidade surgiu através da minha apaixonante cunhada Cristina, que na época havia se aventurado pelo mundo empresarial educativo, e foi quando tive a oportunidade de voltar para esse mundo da educação, primeiramente ministrando aulas de Inglês para os pequenos, depois Português e Inglês para os adolescentes (faixa-etária que eu adoro!) e posteriormente, assumindo salas de quinto ano. Nossa que desafio! E foram esses desafios deliciosos que me levaram ao consultório de uma psicopedagoga competentíssima, a Cássia, hoje querida amiga, que me mostrou a verdadeira arte de educar com amor!

Da supervisão com a Cássia até a pós-graduação em psicopedagogia, foi apenas um pulinho e então as portas se abriram, primeiramente pela elegantérrima Flávia, apaixonada por Psicopedagogia e coordenadora deste curso de pós graduação na UNISA e depois por uma professora maravilhosa, pessoa boníssima a quem faltam superlativos para ser descrita, ela me apresentou Winnicott e o espaço potencial, obrigada Sônia!

E hoje aqui estou eu, felissíssima, estudando muuuuuuito, lendo mais ainda, dormindo pouquíssimo, mas achando tudo "o máximo". E convido vocês, leitores, a participarem dessa nova jornada de conhecimento, que pretendo compartilhar com aqueles que, assim como eu, amam seus filhos, desejam educá-los bem e também têm paixão por aprender, ensinar e por educar!